quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

Essa época do ano é foda. A gente tem um monte de amigos e parentes, morre de saudade, e, quando dá, chama um ou outro pra vir visitar , ficar perto, curtir. E, quase sempre, é uma delícia. Mas tem que ter aquele visitante-mala, que mata não só a saudade acumulada do tempo que passou, como também a possível saudade de todos os tempos ainda por vir. Caraio.
Não sei onde essa gente enfia o bom-senso, mas juro por deus, fica muuuuito difícil retomar a amizade como se nada tivesse acontecido depois de aturar uma coleção de grosserias dentro do seu sagrado lar.

Então, caro leitor, se você for convidado a passar uns dias na casa de alguém, e se resolver aceitar o convite porque gosta da pessoa, peloamordedeus, olha a compostura. Não se comporte como uma celebridade, não trate os seus anfitriões como vassalos. Seja invisível, for god’s sake. Arrume a sua cama. Lave a sua louça. Leve uma graninha pra ajudar com o rango, se for ficar muitos dias. Se não der pra levar grana, não coma como um viking. Não faça comentários grosseiros sobre a casa, os amigos, os filhos de quem está te recebendo. Ache tudo lindo, não perca a chance de fazer um agrado, seja útil. Ou então, nem vá. Receber é uma arte, e eu dou conta de receber muito bem com meus copos de requeijão, com as minhas roupas de cama que não combinam, com meu arroz-feijão-bife-salada. Pode faltar em apresentação, mas sobra em amor e em cuidado. Mas, meu, faça por merecer.

1 comentários:

Vaca disse...

rerere, Pipa, de fato... olha, entao, nem me chama, tá? eu deixo a tampa do vaso levantada, jogo papel no vaso e nao dou descarga, pego seu dinheiro, uso o telefone para DDI, boto o pé sujo de rua no sofá, principalmente se for branco, abro a geladeira e reclamo se nao tiver queijo, mudo o canal da TV e digo ah, isso eu nao assisto, e claro, dou mole pro seu marido! rararararaa