Voltei de Porto Seguro há pouco mais de uma semana. Desembarquei direto para as férias da empregada, o que significa muita, muita coisa pra fazer por aqui. Uma delas foi resgatar minha impressora das camadas de cola de contato aplicadas pela Laura durante minha ausência.

Ontem, depois de um intenso preparo psicológico, finalmente me sentei com a bichinha e comecei a descascar a mardita praga dos infernos de cola mais grudenta.

Depois de tentar esponja, algodão, paninho e unha, com água, detergente, acetona (ui!) e óleo removedor de cera para depilação, tive uma lembrança feliz da infância: o truque para desgrudar chiclete da cara quando a bola estourava grande demais. Assim, com os gruminhos que consegui descascar com a unha, fui formando uma bolinha, que passava por cima das outras áreas grudadas para que a meleca menor grudasse na maior, e terminei o silviço com uma bola bem grande e grudenta e amarelenta na mão. Felipe, que ia passando, delirou com o que viu: "UAU! Que catotona, mãe!! Saiu do seu nariz?"

Expliquei que não era caca de nariz, mas ele nem me deixou terminar: "Legal, dá pra mim?"

Ele sempre me faz lembrar do Tom Sawyer e das tranqueiras que ele carregava no bolso. E do Calvin. E do Menino Maluquinho. É nessas que me dou conta que esse moleque que me deixa loooooooooouca todos os dias é só mais um menino feliz. J

Ah, sim, a impressora sobreviveu.