Passei a noite ho hospital, com meu avô. Ele está em seus últimos momentos. Foi neste mesmo hospital que eu nasci, quase 31 anos atrás. O céu está azul, límpido, como estava no dia em que minha mãe desceu estas escadas comigo nos braços.
O coração da minha mãe tem dado sinais de exaustão. Enquanto faço companhia ao meu avô, ela está em casa, esperando que os remédios dados pelo cardiologista façam efeito. Acho que o coração dela não agüentou ceder espaço pra tanta gente.
Neste momento, a vida e a morte parecem algo extremamente simples, sem mistérios, mas nem por isso desprovidas de significado. Pelo contrário, estou tentando não encontrar significados demais nas coisas que me rodeiam.
Preciso dormir, preciso chorar, mas tenho medo que minhas forças se esgotem depois disso. Nos últimos dias, tenho me esforçado para transformar minha dor e tristeza em raiva. Senão não consigo brigar. Tudo o que temo agora é que a minha briga deixe de fazer sentido.
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1 comentários:
Amores, obrigada pela delicadeza. De vez em quando a peteca dá uma escorregada, mas num vou mas deixar cair, não. Amo vocês tumém!
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