Por aqui, a correria não pára.
Meu aniversário foi jóia, acordei com o Memo me dando os parabéns e falando bobagi no meu ouvido: "Vem assoprar a velinha, vem". Hohohoho.
Meu avô recebeu alta do hospital - yay! - e passamos o dia acertando a internação dele numa clínica. Fiquei contente com o que vi por lá: um batalhão de enfermeiras e ajudantes e proprietários envolvidos com todos os internos e respectivas condições. Todo mundo muito atencioso e jeitoso com os velhinhos. Todos os ambientes imaculados e cheirosos. Vi uma senhora de 95 anos tocando piano divinamente na hora do lanche, no refeitório. Imaginei na hora o bem que esse ambiente vai fazer ao meu avô, que foi pianista clássico a vida inteira.
A clínica não restringe horário de visita, e permite até que se durma lá, se houver leito disponível na casa onde mora o paciente. Essa notícia foi boa para minha avó, que está de coração partido com a separação, depois de 60 anos de casamento. Meu avô vai passar pela avaliação do geriatra uma vez por semana, e receber as sessões de fisioterapia de que tanto precisa.
Só agora me refiz do susto que foi a notícia da alta do hospital. Como é que se espera que a família tenha todo o aparato necessário para tratar um paciente nessas condições?! Cama e colchão especiais, fisioterapeuta, 3 enfermeiros, alimentação rigorosamente balanceada administrada por sonda, cadeira de rodas... Meu avô ficou internado por 1 mês, e todas as respostas do médico sobre o prognóstico dele eram evasivas. De um dia pro outro, pum, tá de alta! Te vira! Sei lá, pode até ser a rotina deles e tal, mas que é desumano, é.
O preço da clínica ainda é salgado pra gente, mas é quase metade do que tenho visto por aí. Essa semana vamos colocar a casa dos meus avós à venda, assim eles podem usufruir do patrimônio deles adequadamente - fico puta quando aparece gente falando da herança! Eles nunca mais vão poder morar naquela casa, que foi comprada com o dinheiro deles. Então, que ela se transforme em recurso para garantir uma velhice digna, caramba. Que nunca mais falte fralda, remédio e alimentação adequada.
Outro dia recebi um email de uma amiga, me perguntando se eu não achava "deselegante" falar tão abertamente dos meus problemas no blog. Meu, sei lá, de repente é. Mas eu não tenho elegância, mesmo. Não estou a fim de fazer de conta que tá tudo muito simples e belo, nem de deixar de escrever por medo de faltar com a elegância. Blow me.
Os meninos foram acampar por uma noite no clube de campo. O Felipe voltou putíssimo, antes do horário combinado:
"Mãe, eles ficam forçando a gente a fazer as coisas. Forçam a brincar do que eles querem, forçam a formar equipes, forçam a fazer amizade. Eu sou amigo de quem eu quiser." Ai, casquinha de ferida.
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4 comentários:
Pipa meu amor, deselegante é ficar mandando email pra criticar o que o outro faz. Manda a merda que dá mais certo.Que bom que seu avô vai ficar bem. Vai dar tudo certo. O Felipe tá certo: a gente num tá no mundo pra ser mandado.
Beijos com amor
hahahaha, cheio de atitude esse Felipe!
Iiih, tem que ser elegante no blog também? Não pode pôr os cotovelos no post? Nem escrever com a boca cheia?
Quantas velinhas o Memo te fez apagar nessa manhã? Uma pra cada ano? huahuahuahua, quando vcs tiverem uns cinquenta anos vão precisar de uma semana inteira pra apagar as velinhas, huahuahuahua
(desculpa a deselegância do comentário)
bjo
Oi querida, que bom que as coisas estão se ajeitando, tenha fé fia, tdo vai dar certo
Te amo
Bjos deselegantes, desconcertados e descomplicados
Tudo da certo sim!
Esse Felipe eh um figura =o)
E pra essa sua amiga chique no urtimo, manda ir cagar no mato de salto alto, oras.
Beijos e te amo lindeza
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