sábado, 28 de abril de 2007

Amadas, obrigada pelas beijocas e elogios à minha branquela. É uma delícia ter vocês corujando comigo :-)

Voltei ontem à noite do hospital e amanheci aqui na sala, sem conseguir dormir. As duas últimas semanas me esgotaram de todas as maneiras possíveis, mas a cabeça não consegue desligar.

Estamos sofrendo uma puta pressão para sair daqui. Passamos os últimos 15 dias reunindo a papelada para tentar alugar outra casa, tirando certidões dos imóveis dos meus pais, que são nossos fiadores, enfim, pacote completo de encheção de saco do universo paralelo das imobiliárias. E o cadastro dos meus pais não foi aprovado. Nhé. Aqui não se trabalha com depósito-caução, e para poder fazer seguro-fiança, eu teria de provar uma vida imaculada de dívidas e com renda estabilíssima, o que não rola agora nem nunca rolou. Então, até a estaca zero se foi. Puta negócio constragedor, esse de fiador. Pelo jeito, nunca mais vou conseguir alugar uma casa.

Enquanto isso, eu andava empolgada com a compra de uma lojinha de lingerie, que a dona estava oferecendo por um preço super bacana e com pagamento facilitado. Parecia tudo certo, o faturamento dela é legal, a carteira de clientes e de fornecedores tem mais de 10 anos, o ponto é ótimo. Ia ser uma chance de estabilizar um pouco o fluxo de grana aqui em casa, apesar de exigir um esforço extra nos primeiros meses, dada a minha situação redonda atual. Mas aí a filha da mulé, co-proprietária da loja, resolveu que mané facilitar pagamento coisa nenhuma e eu morri com o gosto do pirulito na boca.

Ao desenrolar dessa cena toda, a Dalva tirou 10 dias de folga, descobri que o Gabriel tem intolerância a glúten e lactose e eu ainda tentava articular uma festinha de aniversário para a Loli. Achei natural um certo cansaço e fui tocando pra frente até que...

Tive um apagão na sala de espera da consulta de rotina do pré-natal.

Fiquei internada para exames e descobri que estou com anemia e pielonefrite, o nome bonito pra infecção de urina. E que, nesse caso, minha disposição física de lesma bêbada se justifica. Mas as vozes na minha cabeça não me deixam dormir nem descansar; é toda a torcida dos espíritos de porco gritando em uníssono "vai sifu*!"

Recebi as últimas notícias ontem, no carro, ao sair do hospital. Quase pedi pro Memo fazer meia volta e me internar de novo. "Me põe o tubo!"

Aí eu vim aqui, amanhecer na sala e tentar decidir se faço corpo mole ou se insisto em espernear, com as forças que já nem tenho, por uma solução rápida, que agora é mais do que necessária.

Ô vidinha canalha, viu.

1 comentários:

stella disse...

ô, fia. :(