quinta-feira, 17 de maio de 2007

Eu passo mal, um médico some e não atende, outro diz que eu não tenho nada mas que vai tirar a nenê uma semana antes do dia previsto para o parto, o resultado do exame é inconclusivo, o outro exame, que preciso fazer com urgência, só está disponível pelo plano de saúde daqui a 10 dias. E eu passo mal.

E tenho ficado aborrecida por gastar a minha pouca energia brigando com meus filhos, repetindo a mesma coisa todo dia, todo dia, todo dia. Eu me lembro bem que aos 8 anos ninguém precisava pegar no meu pé para eu limpar direito a retaguarda, e que muito antes dos 10, escovava meus cabelos sozinha. O corpo mole deles me deixa perplexa, preocupada, indignada.

E tomo como afronta pessoal nego deitado no sofá gritar "mããããe, traz leite?", esperando que eu arraste meu barrigão de onde eu estiver para preparar e servir um copo de leite, que depois de vazio será deixado no chão da sala até o dia seguinte, se eu não recolher. E eu não recolho, né? E é só eu abrir a boca para mandar recolher, que a resposta me corta, num tom acima do que eu estou disposta a permitir: "credo, caaaaaaaaalma, mãe!" Como assim, calma? Eu gritei? Bati? Xinguei? Por que você acha que tou nervosa, Pedro Bó? Mas aí já tou nervosa mesmo, com vontade de pegar pelos colarinhos. E de vez em quando, eu pego mesmo. E aí fica todo mundo me olhando como se eu fosse o Alien.

Pois é. Como diz a Fal: vai, lacraia.

2 comentários:

Anônimo disse...

vixe, fui eu ou você que escreveu?
flávia (você não me conhece, mas eu já ouvi muuuuito falar de você! pela mulherada do mothern)
boa hora procê!

pipa disse...

Oi, Flávia! Que legal te ver por aqui! Essa macacada deixa a gente doida mesmo, né? Volte sempre que quiser!
Beijos