terça-feira, 19 de junho de 2007

As cólicas da Júlia são bem administráveis: ela fica no colo, com a barriguinha encostada em mim, recebendo massagem nas costas e chupando a chupeta furiosamente. Ela respira rápido e às vezes grita e se retorce de dor até soltar um punzinho, mas nada muito dramático se eu mantiver a calma e continuar a segurá-la calma e pacientemente. Isso dura algumas horas, mas depois que passa ela dorme um sono mais comprido e acorda boazinha. (Bem diferente da cólica dos meninos, que esperneavam e esgoelavam e suavam a ponto de me desesperar, tadicos).
Ontem, à meia-noite, o Gabriel perdeu o sono e me encontrou sentada na cama, lidando com mais uma dessas crises. Primeiro, ficou preocupado comigo, porque sabe que eu preciso fazer repouso e achou que eu estivesse me esforçando. Aí eu disse pra ele que o mais importante é que eu tome bastante líquido, e ele me trouxe nada menos que três copos de água. Depois me ajudou a trocar as fraldas da Júlia e chorou, comovido com o tamanho do pezinho dela. Aí ele resolveu buscar o colchão da cama dele e colocar ao lado do berço, pra me ajudar a tomar conta dela durante a noite. E ficou do meu lado enquanto agüentou, recolocando a chupeta toda vez que ela deixava cair. Ficou o tempo todo fazendo perguntas: por que ela tem cólica? Por que quando ela chupa a chupeta, consegue soltar pum? Por que ela chora quando você pára a massagem nas costas? Ah, meu menino. Ele já tem uma sombrinha de bigode e a voz está mudando; adotou um arzinho blasé que me deixa doida às vezes, mas continua sendo meu amigão. Meu compridão <3

1 comentários:

Anônimo disse...

Ai Pipoca....eu chorei de ler!!
Que meninos de ouro vc tem, amor!
Cada um tem o filho que merece mesmo.
Vc eh cercada por anjos
Amo vcs