segunda-feira, 24 de novembro de 2008

É mais forte que eu. Irracional. Incontrolável. Desde que me conheço por gente, eu fico maluca quando alguém ronca perto de mim. Que desespero ficar acompanhando a respiração da pessoa! E tem gente que simplesmente pára de respirar por vários segundos, né. Fico naquela agonia, querendo cutucar, porque a essa altura quem está sem fôlego sou eu. E no recôndito mais malvadinho do meu ser, tem a reiva do barulho, mesmo. Smeagol fica lá dentro resmungando: "Barulho ridículo. Potz, tá ficando mais alto. Vou dar uma bundada da criatura pra ver se ela pára". Pum, bundadinha. A pobre criatura assusta(remorso, remorso, vergonha), dá uma mastigada e dali a pouco começa tudo de novo. E eu sentindo raiva, remorso, pena (afinal, quem é que gosta de roncar?), o zoião estalado do escuro, a veia do pescoço engrossando.

Logo após o parto da Júlia, ainda no hospital, eu começava a cochilar e me pegava começando a serrar, fato inédito até então. Despertava pota da vida na mesma hora, brigava comigo, me botava de castigo sem dormir e, por fim, entragando os pontos, balançava o dedo no meu próprio nariz: "Dorme, mas se roncar, tá frita". Isso durou bem uns 10 dias e quase me enlouqueceu. Depois voltei a dormir quietinha.

Mas agora o meu amor anda roncando. Gusfraba, gusfraba, gusfraba. E muitas xícaras de café ao longo do dia.

2 comentários:

Anônimo disse...

eu nao ronco sempre, soh quando to muuuito cansada.
Humnmn...entao eu ando roncando....
liamo

Anônimo disse...

Vixe, meu amado ronca que não sei dizer nem com o que parece. Um horror. Não durmo nada. Passo a noite "empurrando" o coitado de lá pra cá pra ver se resolve. Bjos, Ju