domingo, 4 de janeiro de 2009

Eu entrei na marra e à força nesse ano novo. É uma data da qual eu costumo gostar bastante: calendário novo, outro aniversário à vista, agenda limpinha, eu acho mesmo que é o começo de um ciclo novo. Mas faz três anos que tenho a impressão de estar acordando de um pesadelo dentro de outro ainda mais cabeludo. E de uns tempos pra cá, resolvi que não ia mais acordar. Quem sabe se eu me fingisse de robozinho doía menos, né? Mas é lógico que o trem acabou de desgovernar.
A coisa chegou num ponto em que eu e o Memo acordamos todo dia, nos olhamos e sabemos que o outro também está pensando em entrar embaixo da cama e chupar o dedão em posição fetal. Não é nenhuma grande catástrofe. Não é nenhuma doença terminal, temos um teto sobre nossas cabeças, temos comidinha nas panelas. Todo dia, quando fico sabendo das desgraceiras do mundão de meu deus, reconheço e agradeço pelo meu privilégio. E esse é mais um motivo pra não aceitar mais que a vida seja tão embananada, cheia de sustos, de frustrações, de apertos, de pendências, a ponto de a gente nem saber mais por que está se esforçando tanto.
Eu não estou mesmo com a menor energia pra fazer resoluções. Só de pensar que amanhã é segunda-feira e que o ano começa bombando de fato, tenho vontade de espernear feito criança birrenta: num quero, num querooooo!! Mas já é questão de sobrevivência: mudamos ou morremos.

Pra inaugurar bem o ano, vocabulário da Júlia com 1 ano e meio(só as mais usadas, porque parece que todo dia tem uma dúzia de palavras novas):

Cença (licença) , bidado (agradecendo).
Boi, vaca, tatu, auau, gato, piu-piu.
Vários verbos de comando: tira, senta, entra, deita, vem.
Banho, papá, êite (leite).
Ôpa (roupa), bota (o sapato favorito), tóça (calça).
Bôite (boa-noite), virando de bunda pra cima.
Lóli, Fefê, Beiel, Pida (Frida, a cã)
E comemora fazendo "eba, uhu, fai-fai (hi-five)!"

Vou pensando em trocar o template, ando meio enjoada desse aqui. Vamos ver no que dá.

Um bom ano pra todo mundo. Que a gente seja capaz de encontrar as forças que andaram faltando e de acreditar que as coisas sempre podem melhorar.
Amor,
Pipa

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