As aulas de sábado estão mesmo de deixando de cabeça virada. Alguma coisa em mim destrambelhou e ficou clamando por reviver as aventuras dos dias de república, em que eu economizava o dinheiro do ônibus pra comprar o sanduíche de mortadela do jantar.
Então, o que eu fiz? Comecei saindo atrasada de casa, em jejum, debaixo do maior aguaceiro, depois de passar a noite inteira namorando. Típico, não?
Durante a aula, fui pega de surpresa por um poema do João Cabral e chorei, na carteira colada à mesa da professora.
Depois, promovi um desencontro hilário com a Seal, com quem tinha combinado almoçar. Primeiro, ela foi até a Unicamp e eu ainda não tinha chegado. Mais tarde, tentei ligar para ela e o telefone estava errado. E quando finalmente conseguimos nos falar, ela estava com um revertério de dimensões catastróficas e mal parava em pé.
Combinamos nos encontrar um outro dia, e a essa altura, já era 1 e meia da tarde. Resignada, enfiei a mão no bolso para almoçar por ali mesmo e fiz a sensacional descoberta: todo o meu dinheiro havia ficado
Na falta de alternativa, passei o chapéu pelo campus e arrecadei 2,40 para o ônibus. (Indescritível a sensação resplandecente que o óleo de peroba pode proporcionar ao rosto da criatura).
Andei um
Desci no ônibus com tremedeira, totalmente realizada. Quase relutei em voltar para vida real e telefonar para o marido me buscar, de carro, na rodoviária.
Mal posso esperar pela semana que vem.
2 comentários:
Aaaaai Pipa do céu!
Preciso te ensinar urgentemente o caminho aqui pra minha casa...
Tem que levar merenda pra escola...
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