Estrelei meu momento Lorelai Gilmore no sábado, quando tive de me apresentar para a professora e os 40 coleguinhas do curso de Produção Editorial que comecei lá na Unicamp.

Percebo agora que eu estava deveras surreal, depois de ter dormido soluçando na noite anterior. Vai ver foi por isso que me perdi no campus e fiquei brincando com a vontade de não me encontrar nunca mais. E quando encontrei minha sala, meia hora e muitas voltas depois, putaquepariumeusaco.

Fiquei ali, parada no corredor, puxando uma pelinha do canto da unha, “entro ou não entro?” Entrei, né? Só faltava. Mas é foda, é verdadeiramente difícil quando a criatura está por demais consciente dos próprios cabelos com 10 cm de raiz sem tinta, do nariz que não pára de pingar, da calça modelagem panetone e da dicção esquisita por causa das trezentas mil aftas que resolveram explodir ao mesmo tempo.

Então, entrei, sentei e fiquei ouvindo toooooooodo mundo falar sobre suas trajetórias profissionais bem-definidas. E a cabecinha minhocando. Claro que só podia dar merda. Eu fui a última a “me apresentar” (amigos, nunca tive a me-nor capacidade nem desenvoltura pra esse tipo de coisa, e nem teria naquele momento), e acabei fazendo um número. Um número. Proferi lá uma dúzia de informações sem pé nem cabeça, arrematei com um “Fim!” ainda encontrei dignidade pra sentar e assistir a aula. Coisa que me fez muito bem, aliás.

Parece triste, né? Mas não, eu me diverti como nunca.

Fim!

(ai)