sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Gente, tá muito esquisita a coisa.

Entre outubro e dezembro do ano passado, eu e o Memo, juntos, deixamos de receber um dinheiro bem gordinho, relativo a serviços que prestamos e entregamos à risca.

Tentando compensar o rombo, ignorei meu cóccix lascado (não operado) e a necessidade de repouso e trabalhei mais, pra outros clientes, até ferrar com os olhos e os braços também. Não adiantou nada, continua tudo um furdunço, o rombo só fez crescer e as perspectivas são nebulosas.

O preocupante não é a falta de trabalho. Tem muito trabalho, despencando no colo dos lugares mais inesperados. O preocupante é trabalhar, trabalhar, trabalhar e não conseguir receber de ninguém. Eu bem que tentei ignorar a tal crise, mas a mardita me alcançou. A solução? Trabalhar mais ainda.

Comecei a fazer um curso de dublagem pelo mero interesse em entender melhor o processo, melhorar minhas traduções e facilitar a vida dos dubladores que trabalham com meus roteiros. Pois num é que acabei descobrindo um talento? Semana passada me diverti à beça fazendo vozes de desenho animado! E ainda descolei mais trabalho, pois o dono do estúdio estava precisando de tradutores. (E como o mundo é um ovinho de codorna, estávamos ali trocando figurinhas e ele me contou que anos atrás tomou um hiper-ultra-mega-blaster calote do mesmo cliente que me deu o rodo no fim do ano. Meda, viu.)

A reforma do escritório acabou - ficou bem maior do que o previsto e acabamos tendo de pedir penico pro dono do prédio, que bancou a finalização da obra. (Vou mandar fazer uma camiseta de "eu amo o z***". Não fosse ele um cara tão acessível, essa história de escritório já teria ido pelo ralo). Então, tirei essa semaninha de folga pra solidificar o célebro e segunda-feira começo no cafofo novo - mas antes vou plantar arruda, comigo-ninguém-pode, espada-de-são-jorge e pimenteira ali no canteirinho da frente, que não custa nada.

Outra coisa que aconteceu esses dias e me deixou meio passada foi uma coceira infernal que apareceu na Júlia. Trata daqui, trata dali, pensamos que fosse alergia alimentar. E. Era. Sarna. Sarna, minha gente. Pegou aqui dentro de casa, no quarto do Zé. O médico explicou que escabiose é típica de gente que não toma banho e passa muito tempo sem trocar de roupa, e como a Júlia não vai a lugar nenhum, foi só fazer as contas... E foi o fim. Depois de sete anos, não tenho como e já nem quero mais tentar lidar com essa situação. Cansei de procurar ajuda de parentes, de assistente social, de clínicas de recuperação. Todo mundo tira da reta, inclusive ele. Então, amanhã ele sai daqui. Meus filhos vêm primeiro, sorry. Nem por isso a decisão fica mais fácil.

3 comentários:

stella disse...

minha linda, me manda um e-mail, eu perdi o seu num dos chiliques do meu micro...

MegMarques disse...

Ai fia, que situação... Caloteiro é o pior que há. Coragem, linda.

Anônimo disse...

Ah, olha. Eu posso palpitar? Pelo pouco que você coloca aqui, eu acho que já vai tarde. MUITO TARDE. Já não basta TODAS as dificuldades pequenas, médias e grandes? Já vai tarde. Pronto, falei.

(E eu também já tive sarna... o.O)

Te desejo muito boa sorte no novo caminho! Avisa pra gente quando vc dublar alguma coisa comercial!