terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Uma das vizinhas é douda de pedra, né. Tem lá suas doçuras e bondades, mas elas têm um preço beeem alto.

Acontece que alguns dias depois do feriado de Finados, apareceu um arranjo de flores mortas na calçada dela (na divisa com a calçada do vizinho de baixo). E era aniversário dela. Ela me chamou aos prantos pra mostrar aquilo. Que era macumba. Que alguém tinha deixado o arranjo ali de propósito, pra desejar coisas ruins no aniversário dela (mais especificamente, que ela secasse e morresse como as flores). E como alguém tinha se dado ao trabalho de andar pela rua com um arranjo daquele tamanho (era grande mesmo) só pra deixar ali? Que devia ser coisa do vizinho de cima. Mas ela nunca tinha feito nada pra ele. Nem pra ninguém. E chorava. E chorava. Eu ali, tentando tirar a mulher do surto, mas quem disse? Uma hora de descabelação.

Passou a semana mal, encomendou missa, teve revertério, tudo por conta da macumba.

E aí eu tava em casa, comentando isso, e meu cunhado bate na testa e começa a rir, estupefato.

Ele e a namorada haviam ido a um casamento em outra cidade e trouxeram um arranjo da mesa. No dia seguinte, acordaram precisando acudir uma emergência médica, tiraram o arranjo do carro e, na correria, esqueceram ali.

Fui lá contar, né. Pra tranquilizar a mulher. Nada, ficou mais puta ainda. Que a calçada dela não era depósito de lixo. Enfim. Não olha mais na minha cara. Acho que ela preferia a macumba.

2 comentários:

Mi disse...

hahahahahahahahahahahaha.....
parece filme!
=o)

Yara disse...

Hahahaha, douda mesmo!

Pensando bem até que poderia aparecer um arranjo desses na minha calçada, quem sabe secava um pouco minhas banhas (e sem esforço, uia!) :o)